Pois é meus amigos, nesta ultima semana fiz um tour com uma familia de Mexicanos que vieram para o casamento de um dos filhos que esta se casando com uma Canadense.
Recebi eles no hotel em Toronto e fomos passar um dia em Niagara. Ja chegando em Niagara, ja queriam comprar tudo o que viam pela frente. Diferente dos Espanhois que preferem passeios na natureza e poucas compras, os Mexicanos, em sua maioria, so querem saber de comprar. No caminho de volta de Niagara para Toronto, até no Wal Mart e Cosco eles queriam parar... Ja cortei logo o barato deles, porque vir para o Canada para visitar Wal Mart e Cosco é dureza...
Bom, tudo caminhava bem, visitas, hoteis, viagem, tudo como manda o figurino. Na quarta-feira, almoçamos em Ottawa e pegamos a van para irmos para Quebec. Logo saindo um pouco de Gatineau, uma das senhoras precisou fazer uma parada urgente pra ir no banheiro. Achei um Subway na estrada e entramos. A senhora foi ao banheiro e voltou aliviada. Uff... Ao entrar na van, a senhora escorregou e tomou um capote sério. Ela so nao se machucou mais porque eu estava atras dela e a segurei. Neste momento ela começou a chorar. Na hora nao pensamos que poderia ser algo tao serio, mas logo percebemos o sangue que escorria da sua perna. Fui dar uma olhada de mais perto e havia um corte super profundo e grande, que chegava quase ao osso. Eu nao conseguia nem olhar para aquilo direito de tao profundo que estava.
Conversei com o pessoal e decidimos leva-la para o hospital imediatamente, poque como estava tudo tao aberto, poderia infeccionar e causar problemas muito mais graves.
Ai começou nosso pesadelo. Chegamos em um pequeno mas bem equipado hospital na pequena cidade de Buckigham, perto de Gatineau na provincia de Quebec. Fomos bem atendidos, e logo colocaram a senhora com a enfermeira que la estava para fazer os primeiros curativos. Isso era por volta da 3 da tarde. Voltamos para a secretaria do hospital para prencher 1001 papeis e pagar a modica quantia de $623,00 para dar pontos na senhora. Roubo a mao armada.
Ficamos la, na sala do hospital esperando o medico nos chamar para dar os pontos na senhora. 3, 4, 5, 6, 7 horas da noite e nada. Mofamos naquelas cadeiras...Saimos para tomar um café no Tim Hortons, voltamos e la estava a senhora. Todos dormiam um pouco nas cadeiras, da maneira que dava. Eu nao conseguia fechar os olhos, apesar de estar cansado e com sono. Fomos atendidos proximo das 10 da noite e assim como o esperado nao durou mais do 30 minutos a consulta. Ficamos sabendo que em todo o hospital, so tinha 1 medico atendendo...
Saimos do hospital por volta das 11 da noite e ainda tinhamos 4:30h de viagem até a chegamos a cidade de Quebec, aonde ja deveriamos estar a muito tempo.
Logo nas primeiras horas de viagem, me deparei com um pé d'agua como eu nunca tinha visto antes. Uma tempestade tao violenta que mal conseguiamos conversar dentro do carro, devido ao barulho da agua batendo no carro. O sono que eu estava sentindo se dissipou com a agua e fiquei super ligado orando a Deus que me ajudasse a passar por esta tempestado sem maiores problemas. Eu estava a 50km/h em uma Highway, aonde a velociode minima de circulaçao é de 60km/h. Nao via outros carros ao meu redor, so eu e meu GPS. Naquele momento eu entendi o que significava navegar por instrumentos, uma vez que nem as placas ao lado da estrada eu conseguia ver. A tensao era palpavel dentro da carro, niguém falava, a nao ser as senhoras que rezavam para a Nossa-senhora-que-protege-viajantes-mexicanos-em-dias-de-forte-chuvas-no-canada. Esta tensao durou mais de uma hora e meia. Na verdade entramos em uma ponta da tempestade e saimos pelo outra. As 2 da matina, paramos em um McDonalds, o unico lugar aberto na pequena cidade de Berthierville a uma hora de Quebec. Por fim, chegamos a Quebec. No outro dia a manchete do jornal dizia: "Forte chuva destroi casas na regiao de Gatineau."
O resto da viagem fluiu sem maiores problemas. Visitamos Quebec, Montreal e me chamaram para ir no casamento do filho, que infelizmente nao pude comparecer. Porém, quando eu for a Monterrey, ja terei aonde ficar.
Eles ficaram de mandar fotos de toda essa aventura, assim que eu as receber, publico aqui no blog.
Abraços,
Rafael
3 commentaires:
Afê! Que sufoco heim!!! Ainda bem que tudo, no final, acabou bem!
Esta mexicana que gosta de comprar me lembrou minha mãe. Tenho sempre que dar uns cortes, se não a gente só fica dentro de lojas e fica sem tempo pro que interessa. Falo pra ela: Lojinha só na volta, quando estiver escuro.
Parabéns pelo trabalho, sei que tem uns contratempos, mas na maioria do tempo é muito gratificante.
Oi, Rafael!
Apesar dos sufocos, esse parece ser um trabalho bastante interessante. (tirando passar meio dia no hospital).Como faz para entrar nesse ramo por aí? Abraços!
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