dimanche, septembre 26, 2010

Dinheiro (não) compra felicidade?!?

Queria aqui colocar um post que li no blog do nosso amigo Adilson. O Aldison é um Brasileiro que morava aqui em Montreal até recentemente e que por motivos pessoais decidiu, ele e sua esposa Bia, voltarem para o Brasil para continuar a vida na capital financeira do pais. Ele escreve um blog super legal que conta esta transiçao de Montreal para Sao Paulo. Clique aqui para acessa-lo.
Vai ai o artigo publicado esta semana...



Recentemente vários jornais e revistas daqui noticiaram uma pesquisa realizada por um grupo da Universidade de Princeton sobre o valor (monetário ou financeiro) da felicidade. Pra quem não leu, abaixo segue o link de uma das matérias.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,dinheiro-pode-sim-comprar-alguma-felicidade-mostra-estudo,606056,0.htm

Sem querer entrar naquelas piadinhas do "dinheiro não traz felicidade, manda buscar" (ou similares), gostaria de comentar um pouco os resultados da pesquisa. Acho que tem muito a ver com o Canadá e, por que não, com minha situação atual.

Segundo a pesquisa, o "teto" até onde mais dinheiro traz mais satisfação gira em torno de 75mil dólares americanos por ano. Isso não quer dizer que se você ganhar mais do que isso por ano será infeliz, muito pelo contrário. Isso quer dizer que o dinheiro para de fazer uma diferença significativa na sua felicidade a partir dessa quantia.

Com os 75mil dolares americanos, um indivíduo pode suprir, com relativa folga até, as necessidades "básicas" de toda pessoa, como moradia, alimentação, vestimentas, etc... e até um pouco de lazer também. Ainda segundo a pesquisa, ganhar mais do que isso traz alguma satisfação, mas não muita. Até porque, em grande parte dos casos, rendimentos maiores do que isso estão diretamente relacionados ao incremento no trabalho (mais responsabilidades ou uma promoção, por exemplo), ou mesmo mais de um emprego. Em ambos os casos, a pessoa acaba por ter menos tempo e disposição para usufruir dos ganhos.

Isso tem muito a ver com o Canadá, principalmente quando olhamos para a pesada carga tributária. Explico: Conforme o rendimento cresce, a mordida do leão fica proporcionalmente maior, chegando a ser abusiva até. Logo, os ganhos financeiros de um aumento de salário ficam tão diluídos que a tal promoção no emprego fica pouco atrativa!

Imagine um quebecois, Jean-Pierre. Ele trabalha em um escritório e ganha uns 50 mil dólares anuais. Certo dia, o chefe dele chega e diz: Tabarnac, digo, Jean-Pierre, você é um cara trés-cool e vai ser promovido a gerente. Antes de ficar feliz e encher a cara, Jean-Pierre faz as contas: Ganho 50 mil. Como gerente, devo ganhar uns 60. O aumento anual é de 10 mil... Bom, tira daí os impostos, já falamos em cerca de 6 a 7 mil. Divide por 12 meses, e estamos falando de cerca de 500-600 dolares a mais no bolso por mês... Jean-Pierre analisa se o trabalho extra todo dia, stress de ter funcionários malas, responsabilidades, etc etc etc valem esses 500 paus... Muitos "Jean-Pierres" por aí vão achar que não, e recusar uma promoção.

Isso por aqui seria um absurdo! Existe essa "necessidade" de sempre ganhar mais e querer mais. A falta dessa ambição é uma falha grave e mal vista pela empresa. Não existe o apego ao tempo livre com a familia e amigos, tempo para o lazer e para fazer o que quiser (mesmo que seja "fazer nada").

Sei lá, me aborrece essa relação de "dependência" das pessoas com seus trabalhos. Eu, pessoalmente, até gosto do que faço, mas não tanto assim. Por isso fico puto qdo tenho que trabalhar além do que combinei com empregadores. Claro, sempre há momentos de crise... mas crise todo dia ou toda semana não né? E o pior é você sair do escritório no horário certo e ouvir daquele babaca do corredor: "O que aconteceu, está desmotivado?"... putz, uma merda...

No fim das contas, sinto falta dessa maneira de ver a vida. Onde o foco (ou centro) não é o trabalho, mas as horas fora dele. E onde ganhar "só" os 75mil por ano é mais do que suficiente! :)

3 commentaires:

Aquiles, Estela e Vinicius Melo a dit...

Ele parece estar um pouco revoltado né! heheh

Paola a dit...

adorei o post! com certeza, lazer com os filhos e conjuge nao tem preco. e depois que els cresce, dinheiro nenhum compra este "tempo perdido". beijos! paola

Rebeca a dit...

Isso mesmo Rafa, trabalhar é bom, mas há tempo pra tudo.

Sai no horário certo e vai tomar sorvete ou chocolate quente com a Paty Xodó.

Abraços

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